Importante: Se você ainda não assistiu à primeira temporada de “Além do Direito” (Esquire), recomendamos fortemente que o faça antes de ler esta história. A segunda temporada imaginada aqui parte dos acontecimentos originais e propõe uma continuação alternativa — cheia de romance, humor e finais felizes. Qualquer semelhança com a história mencionada não é mera coincidência.

Introdução: Quando a IA escuta o coração

No nosso blog, costumamos falar sobre como a tecnologia transforma a enfermagem: da inteligência artificial que agiliza diagnósticos à automação que melhora a gestão hospitalar. Mas hoje, queremos mostrar um lado diferente da IA — um lado emocional, criativo e surpreendentemente humano.

No universo da tecnologia aplicada à enfermagem, estamos acostumados a ver a inteligência artificial como uma aliada em diagnósticos, gestão de dados e otimização de rotinas clínicas. Mas e quando ela se torna uma ponte entre emoção e criação? E se, além de agilizar processos, a IA puder ajudar a curar pequenas frustrações do cotidiano?

Este e-book nasceu de uma situação curiosa e muito humana; uma frustração muito real

de uma integrante da nossa equipe, apaixonada por doramas e fã fervorosa da série

“Além do Direito” (Esquire), ficou inconsolável com o final inesperado da trama.

E como toda boa dorameira, ela não aceitou o destino dos personagens sem lutar.

Em vez de apenas reclamar nas redes sociais, ela decidiu usar a IA

como ferramenta de expressão — e pediu que recriasse uma “segunda temporada”

alternativa, onde o amor tivesse uma nova chance. Como forma de lidar

com esse sentimento, decidimos recorrer à IA para criar uma história onde os

personagens ganham o desfecho que seu coração desejava.

O resultado é este e-book: uma história envolvente, romântica e cheia de reviravoltas, escrita em parceria com uma inteligência artificial que soube interpretar não apenas comandos, mas sentimentos. Uma narrativa que mostra como a tecnologia pode ser usada não só para resolver problemas técnicos, mas também para transformar emoções em arte.

Este projeto é um exemplo claro de como a IA pode ser aplicada de forma criativa na produção de conteúdo — inclusive como recurso terapêutico, para lidar com frustrações, saudades e desejos não realizados. E mais: é uma prova de que inovação e afeto podem caminhar juntos.

O resultado? Uma narrativa envolvente, romântica e cheia de reviravoltas, escrita com o apoio de uma IA que soube interpretar não apenas comandos, mas emoções. A história que você está prestes a ler é mais do que uma fanfic: é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para expressar criatividade, aliviar frustrações e até inspirar novas formas de produção de conteúdo. Para agilizar, não envolvemos todos os personagens da série, pois o interesse era apenas no casal principal mas trouxemos também casos jurídicos para entremear a história assim como na série original.

É apenas um aperitivo e consolo para uma história que esperamos retorne em breve. 

Neste blog, falamos sobre inovação, mas também sobre humanidade. E este projeto mostra que, quando bem utilizada, a IA pode ser tão sensível quanto funcional — capaz de transformar um desabafo em literatura, uma saudade em enredo, e uma ideia em algo que toca o coração.

Boa leitura. E que a tecnologia continue sendo nossa aliada — dentro e fora dos hospitais, nos nossos projetos e até nas nossas paixões inesperadas.

Além do Direito: "A Segunda Temporada"

Capítulo 1: Um Acordo Inesperado

A vida de Yoon Seok-hoon, o renomado advogado , era um livro de capa dura,

bem organizado e com cada página no seu devido lugar. Aos 40 anos,

seu sucesso profissional era inquestionável, mas sua vida pessoal era... bem, era Hash , um poodle de olhos tristes e orelhas longas. 

Hash era o único elo que o ligava ao seu passado, a única alma viva que ele

permitia entrar em sua rotina, e que agora, estava ameaçado.

Sua ex-esposa, que partia para Singapura, havia imposto uma condição final cruel

em sua frieza: ele só poderia ficar com Hash  se se casasse novamente.

Uma condição absurda para um homem que tinha se fechado para o amor e que,

de repente, se via numa corrida contra o tempo para não perder o único amigo

que lhe restava.

O desespero o levou a considerar opções que ele jamais pensaria, até que se lembrou 

de Kang Hyo-min.

Hyo-min, a jovem e talentosa advogada,  sua estagiária, era um sol em forma de gente.

Sua energia, seu otimismo e sua doçura eram como um vento fresco em sua vida metódica.

Hyo-min estava em um momento de sua vida onde se sentia perdida,

a paixão pela advocacia parecia começar a se esvair,

e ela se dedicava aos casos como forma de superar sua vida pessoal, transformando-os em

grandes momentos de paixão pela profissão. 

Altamente competente, ela  era grata de ter seu mentor e os amigos,

mas algo a incomodava e a confundia.

Será que estava apaixonada por seu mentor?  Se estivesse, o que deveria fazer?

Sua dúvida era cruel pois não sabia se  conseguiria  ficar ao lado de seu amor

sem ser correspondida.

Seu quarto estava silencioso, exceto pelo som suave das teclas sendo pressionadas.

Kang Hyo-min, impecável em seu blazer azul-marinho, revisava um contrato de fusão

quando seu telefone tocou. Era uma mensagem de Yoon Seok-hoo,

que numa tarde chuvosa, pediu que ela o encontrasse  em sua cafeteria favorita. 

Ela franziu a testa. Será que aconteceu alguma coisa com Hash ?

Ele era o cãozinho mais fofo e tratado como filho por Seok-hoon;

mais amado que qualquer ser humano em sua vida.

Hyo-min pegou  o contrato e foi direto ao café que ele indicou,

para continuar na análise de seu processo atual e talvez pedir conselhos a Seok-hoon.

Seok-hoon estava inquieto, com os olhos fixos na xícara de chá.

Foi ali que a ideia, tão louca quanto desesperada, tomou forma em sua mente.

Quando ela chegou, ele levantou o olhar com uma expressão que misturava desespero

e constrangimento.

Ele a abordou, e com a sinceridade que só a dor de perder um amigo pode trazer,

ele expôs sua situação. A princípio, ela pensou que fosse uma brincadeira de mau gosto,

mas a dor nos olhos dele, quando ele mencionou o Hash , era real.

A condição de sua ex-esposa parecia tão absurda que só podia ser verdadeira.

— Minha ex vai se mudar para Singapura. E... ela só vai deixar Hash comigo

se eu estiver casado.

Hyo-min piscou, confusa.

— Casado? Isso é sério?

— Ela quer garantir que ele tenha um lar estável. Disse que só confia em mim

se eu estiver em um casamento legal. E eu... não tenho ninguém.

O silêncio pairou entre eles. Hyo-min olhou para Seok-hoon, lembrando das

situações constrangedoras e inusitadas do início de sua  jornada no escritório, 

das noites em que ele a ajudou a estudar para as audiências no tribunal,

das situações embaraçosas em que se meteram , 

e de Hash, que sempre pulava em seu colo como se fosse dela.

— Então... você quer que eu me case com você?

Ele assentiu, hesitante.

— Só no papel. Sem obrigações. Só até ela ir embora e o acordo ser oficializado.

Hyo-min respirou fundo. Era loucura. Mas também era ele. E era por Hash..

Hyo-min, com sua bondade inata, sentiu a dor do amigo (só amigo?).

E a proposta, que parecia loucura, se tornou uma possibilidade.

— Tá bom. Vamos casar. 

— Apenas no papel. Você pode continuar a trabalhar no escritório.

Teremos um contrato, tudo por escrito, para que eu possa ter meu Hash de volta – 

ele propôs, com  a voz rouca de desespero. 

Hyo-min, que gostava do emprego, e que, secretamente, nutria mais do que amizade

por Seok-hoon, e tinha pena da situação dele, aceitou.

Não era pelo emprego, era pela amizade e pelo o cãozinho que ela aprendeu a amar.

— Você tem certeza? —  ele perguntou. 

— Absoluta — disse Hyo-min, com um sorriso discreto.

Seok-hoon olhou para ela com gratidão nos olhos. E por um breve segundo,

algo diferente brilhou ali. Algo que nem ele soube nomear.


Caso 1: A Herança Invisível

Tema: Reconhecimento de união estável pós-morte e direito à herança

Situação:

Após a morte de um empresário, sua companheira de 12 anos, que nunca

foi oficialmente casada com ele, entra com pedido de reconhecimento de união

estável para ter direito à herança. A família do falecido nega a relação,

alegando que ela era “apenas amiga”.

Audiência de Conciliação – Fórum 


Desfecho:

A juíza determina a realização de perícia social e ouve testemunhas que confirmam

a convivência. A união estável é reconhecida, e a autora recebe parte da herança —

incluindo a guarda do cachorro, que era disputado pela irmã do falecido.


Capítulo 2: Um contrato de casamento

O casamento foi simples e sem luxo, um mero formalismo legal.

Inicialmente  seriam apenas os dois e o cão, o motivo de toda a farsa.

Hyo-min usou um vestido branco simples, e ele um terno que usava para ir ao tribunal.

Mas resolveram convidar os familiares e amigos;  porém a promessa do pacto

permaneceria em segredo.

Eles eram marido e mulher, uma união de conveniência que, eles acreditavam,

duraria o tempo necessário para que Hash se tornasse um residente permanente em

sua nova casa.

Chegando em casa, Hash correu na frente abanando o rabo como se soubesse que agora

tinha uma nova família.

— Bem-vindo à nossa nova vida — disse Hyo-min, acariciando o cachorro.

Seok-hoon sorriu.

— E ao nosso casamento por amor... ao Hash.

Eles riram. Mas no fundo, algo já começava a mudar.


Caso 2: O Contrato de Aluguel com Amor

Tema: Direito contratual e boa-fé objetiva

Situação:

Uma jovem aluga um apartamento de um senhor idoso, com cláusula de despejo

após 12 meses. Ao fim do prazo, ele tenta despejá-la, mas ela prova que cuidou

do imóvel, pagou reformas e ajudou com despesas médicas dele, criando uma

relação de confiança.

Sala de Audiência – Vara Cível


Juiz: “O contrato é claro: 12 meses. Por que não quer sair?”

Locatária: “Ele me pediu para ficar mais tempo. Disse que eu era como uma neta.

Eu reformei o banheiro, paguei o gás e cuidei dele quando teve pneumonia.”

Locador: (emocionado) “Eu não queria que ela saísse.

Só fiquei com medo de morrer sozinho.

Mas não sabia que isso podia ser usado contra mim.”

Juiz: “Não é contra o senhor. É a boa-fé que protege ambos.

O contrato não pode ignorar a realidade da relação construída.”

Desfecho:

O juiz propõe um novo contrato com prazo indeterminado

e cláusula de proteção mútua.

A jovem continua no imóvel, agora como cuidadora oficial,

e o senhor a nomeia como beneficiária de parte de seus bens em testamento.



Capítulo 3: A Casa Compartilhada

A casa de Seok-hoon era espaçosa, moderna e silenciosa demais para alguém

que vivia sozinho com um cão.

Hyo-min entrou com uma mala discreta e um olhar calculado, tentando manter a

compostura. Eles haviam se casado há poucas horas , e agora começava a convivência

— o verdadeiro teste.

— Você pode ficar com o quarto de hóspedes, claro — disse ele, apontando para a porta

ao lado da sala.

O dia a dia do casal era uma comédia de erros.

Seok-hoon, um homem que valorizava o silêncio e a organização, s

e viu em um caos adorável.

Hyo-min era a personificação da energia, com suas canções no chuveiro,

sua mania de deixar roupas por toda parte e a sua habilidade de cozinhar

refeições deliciosas que ele nunca tinha experimentado antes.

As primeiras semanas foram marcadas por uma rotina quase coreografada.

Hyo-min acordava cedo, preparava café e deixava um bilhete com a agenda do dia.

Seok-hoon levava Hash para passear e voltava com flores frescas para a mesa da cozinha,

para agradar.

Hyo-min, por sua vez, tentava se adaptar à rotina dele, mas era impossível.

Ele parecia como um robô, com sua agenda calculada, mas a sua vida era tão sem graça

que ela sentia pena. Ela o observou trabalhar, mergulhado em seus arquivos,

e foi então que ela percebeu que havia algo mais em Seok-hoon do que apenas a frieza

de um advogado. Havia um homem solitário, que se escondia por trás de uma fachada

de perfeição.

Aos poucos, o gelo entre eles começou a derreter.

Hyo-min, com sua bondade, o forçou a sair de sua concha.

Ela o arrastou para parques para brincar com Hash ;

o fez experimentar novas comidas e até o convenceu a assistir a um dorama com ela,

fazendo-o rir de coisas que ele nunca imaginaria que o fariam rir.

Nenhum dos dois falava sobre sentimentos, mas os gestos falavam alto.

Capítulo 4 : A Primeiros dias

A amizade inicial começou a se transformar em algo mais. O afeto deles crescia

nas pequenas coisas.

Em uma manhã, quando Seok-hoon, imerso em um caso complexo, esqueceu de comer,

Hyo-min bateu à sua porta com uma tigela de kimchi jigae quente, a sua comida preferida,

e o lembrou de que não podia viver apenas de café. Em outro momento, ele a encontrou

lutando com uma caixa de livros pesada e, sem dizer uma palavra, a pegou,

sorrindo de forma sutil para ela, enquanto a acompanhava até a estante.

Durante uma noite fria, ele a encontrou adormecida no sofá, enrolada em um cobertor.

Sua mão hesitou antes de afastar uma mecha de cabelo de seu rosto, revelando um olhar

de carinho que ela jamais tinha visto. As conversas que começaram sobre trabalho,

aos poucos, se tornaram confissões sobre sonhos de infância e traumas antigos,

compartilhando o peso de suas vidas passadas e a esperança de um futuro mais leve. 

Aos poucos, a barreira entre "amigos" e "casal" se desfez.

Era um amor que nascia nos pequenos gestos, nos olhares trocados,

nas risadas compartilhadas.

Era um amor silencioso, que não precisava de palavras para ser compreendido.

Uma noite, enquanto assistiam a um dorama antigo, Hyo-min riu alto com uma

cena exagerada de ciúmes. Seok-hoon olhou para ela, encantado com a espontaneidade.

— Gosto quando você ri assim — disse ele, sem pensar.

Ela virou o rosto, surpresa com a ternura na voz dele.

— E você devia se apaixonar mais. Está começando a parecer perigoso.

Eles riram, mas o clima mudou. O silêncio que se seguiu foi carregado de algo novo.

Algo que não estava no contrato.

Em uma tarde na cozinha, Hyo-min se esticou para pegar um pote de sal na prateleira

mais alta. Seok-hoon, que estava ao lado, fez o mesmo, e suas mãos se tocaram

por um instante. O contato foi rápido, mas o ar pareceu se eletrizar entre eles.

Ele soltou o pote como se tivesse levado um choque e se afastou, sem jeito. 

—- Me desculpe, ele murmurou, pegando a água na geladeira para se acalmar.

Hyo-min apenas sorriu, o coração batendo mais forte com a reação dele.

Em outra noite, enquanto ele se debruçava sobre um processo complicado na sala de estar,

Hyo-min se sentou ao seu lado. Ela tentava se concentrar em seu próprio trabalho,

mas o cheiro de seu perfume o distraía. 

Ela se virou para fazer uma pergunta, e seus rostos ficaram a centímetros de distância.

O olhar dele desceu de seus olhos para os lábios dela, e os seus lábios se abriram em

um suspiro silencioso. O momento era tão tenso que ele sentiu o calor subir ao seu rosto.

Ela o olhou, e o desejo era palpável. Ele sentiu o ar sair de seus pulmões, e

por um momento, a sua mente estava em branco.

Ele limpou a garganta, desconfortável com a situação. 

— Você precisa de ajuda? ele perguntou, e a voz dele era rouca.

Ela sorriu, assentiu e se aproximou.

Ele a ajudou, mas a concentração tinha se esvaído por completo.

Em uma  noite, enquanto lavavam a louça juntos, as mãos se tocaram.

Um toque breve, mas suficiente para fazer os corações acelerarem.

Hyo-min olhou para ele, e pela primeira vez, não desviou o olhar.

Talvez... esse casamento não deveria ser tão falso assim — murmurou ela.

Seok-hoon se aproximou, devagar, como quem respeita o tempo de uma flor para

desabrochar.

— Talvez seja o começo de algo real.

Eles se beijaram. Um beijo suave, hesitante, mas cheio de promessas.


Caso 3: A Guarda Compartilhada do Bebê Surpresa

Tema: Direito de família e guarda compartilhada

Situação:

Após um breve relacionamento, uma mulher descobre que está grávida e

decide criar o filho sozinha.

Dois anos depois, o pai reaparece e pede guarda compartilhada,

mesmo sem ter participado da criação até então.

Audiência – Vara de Família 

Juíza: “O senhor reconhece que não participou dos primeiros anos da criança?”

Pai: “Sim. Eu estava fora do país. Mas agora quero ser pai. Quero estar presente.”

Mãe: “Ele nunca mandou uma mensagem. Nunca perguntou se o bebê estava bem.”

Juíza: “O Direito à convivência familiar é da criança. Não é apenas dos pais.

Vamos ouvir a psicóloga do caso.”

Desfecho:

Com base em laudo psicológico, a juíza determina guarda compartilhada progressiva,

com adaptação emocional da criança.

O pai começa com visitas supervisionadas e, após seis meses,

conquista a confiança do filho.

A mãe, inicialmente resistente, reconhece o esforço e os dois passam a dividir

decisões importantes juntos.



Capítulo 5 : A Convivência

O casal tenta simular uma convivência contratual, mas os sentimentos que nutrem um

pelo outro começa a ficar mais forte e as situações de compartilhamento da rotina

começam a aparecer. 

Em uma determinada situação, o irmão de Seok-hoon bebeu além da conta e foi até à

casa do casal. Supondo que ele iria dormir na casa,  estavam conversando sobre o

que fariam, Hyo-min surpreendeu-o dizendo: 

— Não precisa se preocupar. Podemos dividir o quarto. Somos adultos, não é? —

respondeu ela, com um sorriso provocador.

Seok-hoon engoliu em seco.

Aquela mulher estava aprendendo como deixá-lo sem palavras.

Naquela noite, não dormiram separados.

Não foi a primeira noite de amor — ainda não —

mas foi a primeira noite em que dormiram juntos, com Hash aos pés da cama

e o silêncio preenchido por respirações sincronizadas.

O contrato começava a se desfazer. E o amor, a se revelar.

A vida a dois, mesmo que por contrato, começou a ganhar contornos

inesperadamente íntimos.

Seok-hoon sempre metódico, organizava os horários de Hash com precisão cirúrgica:

alimentação às 7h, passeio às 18h, banho aos sábados.

Hyo-min, por outro lado, era caótica e espontânea — esquecia o horário do passeio,

mas voltava com brinquedos novos e petiscos gourmet.

— Você precisa seguir a rotina — dizia ele, com um tom sério.

— E você precisa aprender a improvisar — ela retrucou, sorrindo.

A convivência era uma dança entre o controle e o caos. E, curiosamente, funcionava.

Durante as noites, eles se revezavam na cozinha.

Hyo-min cozinhava pratos coreanos tradicionais com perfeição,

enquanto Seok-hoon inventava receitas com nomes absurdos como

“espaguete do advogado atarefado” —

que, apesar do nome, era surpreendentemente delicioso. 

Ela estranhava o tom de brincadeira e felicidade daquele homem tão sisudo no trabalho

e tão espontâneo em casa.

Acreditava que tudo era por causa de “seu filho” e ficou feliz por isso.

— Isso tem gosto de... carinho — disse ela, certa noite, após provar uma sopa feita por ele.

— E você tem gosto de desafio — respondeu ele, olhando-a com um brilho nos olhos

Ela corou. E pela primeira vez, não disfarçou.

Em um determinado final de semana, no sábado,

Hyo-min acordou com o cheiro de panquecas.

Seok-hoon estava na cozinha, vestindo uma camiseta simples

e sorrindo como se aquele fosse o melhor dia da vida dele.

— Bom dia, esposa — disse ele, brincando.

— Bom dia, marido — ela respondeu, com um tom que misturava ironia e doçura.

Hash, como um cupido peludo, parecia perceber tudo.

Sempre se deitava entre os dois, mas aos poucos começou a dormir aos pés do sofá, 

às vezes, como se desse espaço para algo novo acontecer.


Capítulo 6 : Situações complicadas

Certa noite, enquanto ele voltava para casa, Seok-hoon ouviu a voz de Hyo-min

vinda do quarto. Curioso, ele parou na porta e viu-a de pé, em frente ao espelho,

com os olhos fechados, como se estivesse ensaiando. "Seok-hoon... eu não sei

como dizer isso," ela sussurrou para si mesma,

"Mas... eu te amo. Eu te amo muito. Amo o seu sorriso, o seu jeito de andar...

eu te amo mais do que amo a mim mesma". O coração de Seok-hoon deu um salto no peito,

e um sorriso tímido se espalhou por seu rosto.

O que ele sentia por ela era correspondido.

Seu impulso era abrir a porta e beijá-la, mas a educação e o medo de estragar o momento

o impediram.

Ele deu dois passos para trás, encostou novamente a porta, limpou a garganta,

e bateu na porta do quarto. 

— Hyo-min, está tudo bem? Eu acabei de chegar," ele disse. 

Ela se virou, assustada, e um rubor se espalhou em seu rosto. 

— Sim, eu estou bem! Eu só estava ensaiando um discurso para um novo caso.

Envolve um caso de amor, ela disse, e os dois riram sem jeito. 

Ele sorriu sozinho e foi para o seu quarto.

O coração dele estava em êxtase, e a imagem dela em frente ao espelho,

com a confissão de amor em sua boca, era a única coisa que ele conseguia enxergar.


Caso 4: A Filha da Doação Anônima

Tema: Direito de família, reprodução assistida e reconhecimento de paternidade

Situação:

Uma jovem de 22 anos descobre que foi concebida por inseminação artificial

com doador anônimo.

Após o diagnóstico genético raro, ela precisa de informações médicas do pai biológico

para salvar sua vida.

A clínica se recusa a revelar a identidade do doador, alegando sigilo contratual.

Audiência – Vara de Família 

Juíza: “A clínica alega que o contrato de doação garante anonimato absoluto.

Mas estamos diante de risco à vida.”

Advogado da autora: “Não queremos vínculo afetivo.

Apenas acesso ao histórico médico. A Constituição garante o direito à saúde.”

Representante da clínica: “Se quebrarmos esse sigilo, todos os contratos de doação

estarão em risco.”

Juíza: “O sigilo é importante, mas não absoluto. O direito à vida prevalece.

Vamos determinar acesso restrito e confidencial às informações médicas do doador.

Desfecho:

A clínica fornece os dados genéticos sob sigilo judicial.

A jovem recebe o tratamento adequado e, meses depois, envia uma carta anônima ao

doador agradecendo —

sem revelar sua identidade, respeitando o equilíbrio entre privacidade e sobrevivência.


Capítulo 7 : Tensão explícita

A tensão entre eles se tornou imensa. Seok-hoon, frustrado com sua própria timidez,

foi para um bar e bebeu até não poder mais.

O barman, acostumado com a sua discrição, notou que ele estava fora de si e,

preocupado, ligou para Hyo-min. 

— Senhora, o doutor está aqui. Ele bebeu demais, acho que precisa de ajuda.

 Hyo-min ficou surpresa com a ligação, mas imediatamente foi até o bar.

Quando ela o viu, ele estava sentado em uma cadeira, com o rosto vermelho

e os olhos fechados. Ela se aproximou e o ajudou a se levantar. 

— Hyo-min? É você, meu amor?, ele murmurou. Ela o ajudou a se levantar

e ele se apoiou nela que percebeu que ele bebeu demais.

— Hyo-min, eu te amo. Eu te amo mais do que amo a mim mesmo.

Eu não consigo mais viver sem você. Você é a mulher da minha vida.

Ele disse com a voz rouca e com um sussurro de arrependimento.

Hyo-min não soube o que dizer. Era o que ela sempre quis ouvir,

mas não sabia se ele realmente queria dizer aquilo ou se era só o efeito da bebida.

Mas a felicidade em seu rosto era maior do que a dúvida, e ela o ajudou a sair do bar,

o levou para o carro e foram para casa.

No caminho, ele adormeceu, e quando ela estacionou o carro na garagem,

ele ainda dormia, a cabeça no ombro dela.

Ela sorriu, com o coração pulando de alegria, e o ajudou a sair do carro e o

levou para o quarto, onde ela o deitou na cama.

Ele estava tão bêbado que nem se moveu.

Hyo-min deitou ao lado dele, sentindo o calor do corpo dele.

Ela sentiu uma felicidade que  jamais havia experimentado, e adormeceu.

Quando a luz do sol invadiu o quarto, Seok-hoon acordou, mas não se moveu.

Ele sentiu o corpo de Hyo-min, quente e macio, ao lado dele.

Ele a abraçou e sentiu o cheiro de seu cabelo, a respiração suave em seu ombro.

Ele sentiu o corpo dela se aninhando em seu peito, e o coração dele bateu mais forte.

Ele ficou assim, sem se mover, até que ela acordou.

Ela se virou, mas ele fechou os olhos e fingiu que ainda dormia. 

Ela se levantou, foi para o banheiro, se arrumou, mas não disse uma palavra.

Ele ficou deitado na cama, sentindo o cheiro dela no travesseiro.

A noite de bebedeira, que parecia um desastre,

se tornou uma oportunidade de aproximação.

Certa noite, enquanto organizavam documentos no escritório,

Hyo-min deixou cair uma pasta.

Seok-hoon se abaixou para ajudá-la, e seus rostos ficaram perigosamente próximos.

— Você sempre foi assim... tão bonita? — ele murmurou.

Ela riu, nervosa.

— Você sempre foi assim... tão direto?

Eles se encararam por um longo momento. E então, sem aviso, ele a beijou.

Um beijo leve, mas cheio de intenção.

Ela não recuou. Pelo contrário, fechou os olhos e se deixou levar.

Caso 5 -Tema: Direito civil, posse e propriedade de obra de arte

Situação:

Uma artista descobre que um quadro seu, vendido há anos por engano

como “cópia”, é agora avaliado em milhões e está exposto em uma galeria internacional.

Ela entra com ação para reaver a obra, alegando vício de consentimento na venda.

Sala de Audiência – Vara Cível de Porto Alegre

Juiz: “A senhora vendeu o quadro por R$ 500. Por que agora quer reavê-lo?”

 Autora: “Fui enganada. Disseram que era uma cópia. Era minha obra original.

Eu nunca teria vendido se soubesse.”

 Advogado da galeria: “Compramos de boa-fé. Temos recibo e nota fiscal.”

 Juiz: “Boa-fé não elimina o vício de consentimento. Vamos ouvir um perito em arte.”

Desfecho :

O perito confirma que houve erro substancial na avaliação.

O juiz propõe conciliação: a galeria paga uma indenização

milionária à artista e mantém o quadro, agora com crédito oficial à autora.

Ela usa o valor para abrir sua própria galeria e expor novas obras


Capítulo 8: A Chama da Paixão

O contrato de casamento, que no início era uma garantia de segurança,

se tornou uma fonte de tensão.

A cada dia que passava, o amor que nascia entre eles se tornava mais forte,

e a promessa de um casamento por conveniência se tornava uma farsa.

A atração física, que sempre esteve presente, se tornou insuportável.

O primeiro ano novo como um casal de mentira chegou.

O escritório organizou uma festa elegante,

e Hyo-min apareceu em um vestido de seda azul-escuro que a fazia brilhar.

Seok-hoon, ao vê-la, sentiu uma batida forte no peito.

Seu terno, impecável como sempre, parecia incompleto sem ela ao seu lado.

Os dois se misturaram com os colegas, trocando sorrisos cordiais.

A contagem regressiva para a meia-noite começou. Os casais ao redor se preparavam

para o beijo tradicional.

Hyo-min e Seok-hoon se olharam, um tanto sem jeito, cientes de que,

para a farsa ser convincente, eles teriam que fazer o mesmo.

A voz da multidão chegou a zero

— Feliz Ano Novo!.

O beijo começou formal, um simples encostar de lábios, uma performance para a plateia.

Mas o toque dele em sua cintura, a mão dela em seu ombro e a doçura do momento

que se seguiu, fez com que o beijo se aprofundasse.

Seok-hoon se inclinou um pouco, os lábios se movendo com mais paixão,

uma emoção que ele não conseguia mais conter.

Hyo-min respondeu com a mesma intensidade,

seus corações batiam em uníssono. A dança de seus lábios falava mais do que palavras,

revelando uma paixão avassaladora. 

Quando se separaram, o ar estava carregado de desejo.

Os colegas que antes suspeitavam que o casamento era arranjado tiveram certeza

que se amavam de verdade.

Ao chegar em casa, o silêncio que os envolvia não era de desconforto,

mas de expectativa.

A cada um de seu quarto, o desejo de ficarem juntos estava cada vez mais intenso.

Hyo-min, com a cabeça ainda girando quando lembrava do beijo mais acalorado,

decidiu tomar um banho para se acalmar. 

Aquele beijo na frente de todos foi diferente dos outros beijos que recebera

que pareciam apenas demonstrar carinho.

Entrou no banheiro, e quando fechou a porta, a maçaneta travou e ela não percebeu.

Ao término do banho percebeu que havia esquecido de levar a toalha e iria pedir

a Seok-hoon que trouxesse para ela. Quando tentou abrir a maçaneta percebeu 

que ela  não se movia.

Hyo-min começou a se desesperar de Seok-hoon já ter dormido

e ela precisar passar a noite toda no banheiro e molhada. 

— Seok-hoon, socorro! A maçaneta travou! ela gritou. 

Ele, que estava no seu quarto, ouviu o grito e correu para a porta do banheiro.

Tentou abrir, mas a porta não cedia.

Sem pensar, ele a arrombou, e a imagem de Hyo-min nua, com o corpo molhado

e os cabelos encharcados, fez seu coração bater forte.

Ele a olhou, e o desejo era palpável. Ele sentiu o ar sair de seus pulmões,

e por um momento, a sua mente estava em branco. 

— Me perdoe, Hyo-min, eu pensei que você precisava de ajuda, ele disse,

a voz rouca de emoção. Envergonhado,  ele deu as costas para ela e saiu.

 A porta, que antes era uma barreira, se tornou um convite.

Hyo-min, por sua vez, não se sentiu constrangida.

Ela sorriu para si mesma, sentindo a tensão no corpo dele e a paixão em seus olhos.

Ela se insinuou, chamando por seu nome com uma voz suave, mas ele já tinha ido embora.

Ela suspirou, um pouco desapontada, mas sentiu a esperança 

de que a noite não tinha acabado. 

Ele entrou em seu quarto, mas a imagem do corpo de Hyo-min em sua mente era mais forte

do que o sono. Ele se revirou, incapaz de dormir, até que a exaustão o fez ceder. 

E então, ela apareceu em seu sonho. Não a Hyo-min de sua vida real,

mas uma versão ainda mais ousada, com um sorriso de canto que o convidava a se perder. 

No sonho, eles estavam em uma sala banhada pela luz da lua,

muito parecida com a que eles compartilhavam.

Ela vestia um robe de seda branco que ele nunca tinha visto,

e o tecido deslizava sobre a pele dela enquanto ela se movia em sua direção.

Ele sentiu o calor do corpo dela, a maciez de sua pele sob seus dedos,

e o cheiro de jasmim que emanava de seus cabelos.

Os lábios dela se encontraram com os dele, e o beijo, que ele gostava tanto de dar,

era mais intenso do que ele jamais imaginou. 

Ele sentiu a pele dela arrepiando sob seu toque, e seus dedos traçavam

o contorno de seu corpo, como se estivesse mapeando cada curva.

O sonho se tornou uma febre, uma dança de corpos e almas que se uniam

em um ritmo sensual e descontrolado.

O desejo era tão palpável que ele sentiu o suor escorrendo por suas costas. 

Ele acordou com um sobressalto, o coração batendo forte,

a respiração ofegante e lavado de suor.

A imagem do rosto dela em seu sonho, os cabelos espalhados no travesseiro,

era a única coisa que ele conseguia enxergar. 

Ele se levantou, incapaz de voltar a dormir.

O silêncio da casa era perturbador. Ele se sentiu atraído para o quarto dela,

como uma borboleta para a luz.

Abriu a porta com cuidado e a encontrou dormindo serenamente, seu rosto angelical e

inocente.

O desejo de abraçá-la e beijá-la se tornou quase insuportável,

mas o senso de honra o fez recuar. 

Sem fazer barulho, ele se retirou.

O que ele sentia por ela era tão intenso que o deixava completamente perdido.

Ele decidiu que precisava de ar.

Pegou a coleira de Hash e sairam para um longo passeio para tentar organizar

os pensamentos e, assim, a noite de sono se tornou uma aventura silenciosa.

Na mesma intensidade,a mesma paixão reprimida assombrava Hyo-min. 

Depois do incidente no banheiro, Hyo-min foi para a cama,

mas a imagem de Seok-hoon em sua mente era mais forte do que o sono.

Ela pensou nos seus toques acidentais, no calor de sua mão em sua pele,

e nos seus sorrisos que a deixavam corada. 

Ela tentou se controlar, mas a paixão a consumiu e a levou a um sonho.

E então, ela apareceu em seu escritório, tarde da noite.

A sala dele estava iluminada, mas a luz era suave.

Ela entrou e o encontrou mergulhado em uma demanda jurídica.

Com os cabelos bagunçados e as mãos ocupadas, ele estava absorto em seu trabalho.

Ela se aproximou, e o cheiro de seu perfume a fez suspirar. 

Ela o olhou e, sem pensar, fechou as cortinas, mergulhando a sala em uma penumbra.

Ele a olhou com uma surpresa nos olhos. 

— Eu não consigo mais ficar longe de você, ela disse com a voz trêmula;

 — Eu te amo. E eu te quero. Agora. 

Seus lábios se encontraram, e o beijo era uma confissão de amor, uma troca de paixão

que ela jamais havia experimentado.

Ele a beijou de volta com a mesma intensidade, e a sala, que antes era apenas um escritório,

se transformou em um ambiente mágico.

A paixão entre eles era como um rio de lava, que fluía e os envolvia, consumindo-os.

Ele a ergueu e a colocou na mesa de reuniões,

a superfície fria contrastando com o fogo que queimava entre eles. 

Com mãos ansiosas, ela tirou a gravata dele e desabotoou sua camisa,

sentindo o calor de sua pele.

Cada toque, cada beijo, cada carícia era um sussurro, uma promessa. 

O sonho se tornou uma febre, uma dança de corpos e almas que se uniam

em um ritmo sensual e descontrolado.

O desejo era tão palpável que ela sentiu seu corpo tremer.

Ela se sentiu completamente possuída, mas ao invés de medo, ela se sentiu completa.

Ela acordou com um sobressalto, o coração batendo forte, a respiração ofegante.

Mas era só um sonho.


Caso 6: A Adoção Tardia

Tema: Direito de família, adoção de adulto e vínculo afetivo

Situação:

 Um senhor de 70 anos deseja adotar legalmente seu afilhado de 35,

que foi criado por ele desde os 5 anos após a morte dos pais.

O pedido é negado inicialmente por ser “adoção tardia”, sem necessidade legal.

Mas ambos querem formalizar o vínculo.

Audiência - Vara de Família

Juíza: “A adoção de adulto não é comum. Qual o motivo do pedido?”

Afilhado: “Ele é meu pai. Sempre foi. Quero que isso esteja nos documentos.

Quero que o nome dele esteja na minha certidão.”

Senhor: “Não tive filhos biológicos. Mas tive ele.

E quero que isso seja reconhecido.”

Juíza: “O Direito não é só norma. É afeto. E o afeto constrói família.”

Desfecho inteligente:

 A juíza homologa a adoção com base no vínculo afetivo e na jurisprudência

sobre adoção de maiores.

O afilhado passa a ter o sobrenome do pai adotivo,

e ambos celebram com uma cerimônia simbólica no cartório,

rodeados por amigos e vizinhos.

Capítulo 9 : Tudo pode acontecer

Uma noite de inverno, o frio intenso os uniu. Eles estavam no sofá, assistindo a um filme,

com Hash aninhado entre os dois.

A tensão entre eles era quase palpável.

Hyo-min sentiu o calor do corpo dele e, de repente, sentiu a mão dele tocar a sua.

Seok-hoon olhou para ela, seus olhos profundos e cheios de uma emoção

que ela nunca tinha visto antes.

A paixão, que estava escondida, se libertou.

Seok-hoon a beijou com uma doçura que a surpreendeu,

um beijo que era a tradução de todo o amor que ele sentia por ela.

Hyo-min o beijou de volta com a mesma intensidade. 

Eles se beijaram novamente, e desta vez o beijo era mais intenso.

Ele a abraçou e a levou para o seu colo, demonstrando que a paixão se tornou amor.

Eles continuaram se beijando e cada vez o beijo era mais intenso.

Ele a beijou novamente, com um fervor que falava de longos meses de desejo reprimido.

Ergueu-a nos braços, e ela se aninhou em seu peito, com o coração batendo em uníssono.

O caminho até o quarto foi uma dança, onde o mundo exterior desapareceu.

Lá, sob a penumbra suave da luz da lua que entrava pela janela,

ele desabotoou o vestido dela devagar.

Ela, por sua vez, tirou a camiseta dele e, lentamente, com a ponta dos dedos,

traçou o contorno de seu peito, sentindo o calor de sua pele.

Cada toque era um sussurro, cada olhar, um juramento silencioso.

Então, um som estrondoso quebrou a magia do momento.

O celular de Hyo-min tocou incessantemente, assustando-os.

Ela hesitou, mas ele assentiu com um gesto de cabeça que ela deveria atender. 

Era sua mãe, com a voz tremendo do outro lado da linha. 

— Hyo-min, é seu pai! Ele sofreu um acidente de carro, não é grave,

mas a polícia está aqui. Ele está tão confuso... 

Hyo-min se vestiu às pressas, o coração acelerado.

Seok-hoon, com sua calma profissional, pegou as chaves do carro. 

— Eu vou com você. Ele é um juiz, qualquer problema, mesmo que pequeno,

pode ser usado contra ele.

No local do acidente, Seok-hoon agiu com maestria.

Ele falou com a polícia, explicou a situação legal,

garantiu que o pai de Hyo-min recebesse um tratamento justo, e

os acompanhou até o hospital para verificar o estado de saúde do pai.

A competência e o cuidado dele a deixaram ainda mais admirada.

De volta para casa, a adrenalina ainda corria pelas veias de Hyo-min.

O pai estava bem, mas a situação a deixou exausta e tensa. 

— Eu preciso de um banho e de algo para relaxar, ela murmurou, e, sem pensar,

tomou um calmante para dormir, mas um pouco a mais da dose recomendada. 

Quando Seok-hoon a viu tomando o remédio, uma pontada de preocupação o atingiu.

Ele a levou para o quarto, mas ele ficou ao lado da cama, observando-a.

Ele se deitou ao lado dela, e a abraçou sentindo o calor do corpo dela.

Ele não dormiu a noite inteira, checando a sua respiração para se certificar

de que ela estava bem.

Ela, por sua vez, sentiu a presença dele e sorriu, sentindo-se segura, e adormeceu.

Quando a manhã chegou, Seok-hoon já estava de pé,

o sol se escondendo atrás de uma chuva fina.

Hyo-min acordou com um cheiro gostoso no ar.

Ele entrou no quarto com uma bandeja com flores e um café da manhã

digno de um banquete de rei. De rainha.

— Bom dia, minha querida. Eu fiquei a noite inteira ao seu lado,

preocupado com você e com a situação do seu pai.

Só queria ter certeza de que você estava bem - 

ele disse, com uma voz suave, e a beijou com carinho na testa.

Na verdade ele queria dizer:   Se não fosse esse contrato eu jamais teria te beijado, 

se não fosse a festa de ano novo e jamais teria te amado,

se não fosse o meu desespero de não perder o Hash eu não havia me casado.. 

Mas sem coragem de se revelar, apenas disse:

—- Eu sou eternamente grato à minha ex-esposa por ter me dado a condição

de casar para ficar com o meu filho.Se não fosse por isso, eu jamais teria conhecido como é viver com você.

Obrigado.

A declaração de “amor” era a prova de que o “contrato” de casamento

se tornaria uma história de amor. Aos poucos, a vida deles se tornou uma melodia

de alegria, com risadas, e de certa forma, amor.

 Caso 7: O Silêncio da Enfermeira

Tema: Sigilo profissional vs. dever de denúncia

Situação:

Uma enfermeira presencia sinais claros de violência doméstica em uma paciente que se recusa a denunciar o marido. A profissional decide relatar o caso ao Ministério Público, mas é processada por quebra de sigilo.

Audiência

Juiz: “A senhora sabia que o sigilo profissional é protegido por lei.

Por que decidiu romper?”

Enfermeira: “Ela tinha hematomas, medo nos olhos, e disse que ‘caiu da escada’.

Eu sabia que não podia ficar calada.”

Advogado da paciente: “Ela não autorizou a denúncia. Isso é invasão.”

Promotor: “O Código Penal prevê que, diante de indícios de crime,

o dever de proteção à vítima se sobrepõe ao sigilo.”

Desfecho:

O juiz reconhece que a enfermeira agiu em legítimo exercício de dever legal e social.

A denúncia leva à prisão preventiva do agressor, e a paciente,

inicialmente revoltada, agradece à profissional por ter salvado sua vida


Capítulo 10 : É o amor!

Em uma tarde, com a chuva caindo do lado de fora, eles decidiram assistir

a um dorama juntos.

A sala estava quente e aconchegante, e a série era sobre um casal que se apaixona por

um acaso do destino.

Eles se olharam, e o amor que estava nascendo entre eles era tão forte que não

podia mais ser contido. Ficaram juntos aproveitando o momento do filme.

A tarde se transformou em  uma noite chuvosa em Seul.

As gotas batiam contra as janelas da casa  como uma trilha sonora melancólica.

Hyo-min sentada no sofá, enrolada em uma manta, assistindo ao  dorama antigo.

Seok-hoon resolveu preparar uma bebida quente e retornou para a sala com duas

xícaras de chá de camomila e se sentou ao lado dela, sempre cada vez mais perto.

— Esse episódio é o meu favorito — disse ela, sem tirar os olhos da tela.

— O da confissão no meio da chuva?

— Exatamente. É clichê, mas funciona.

Eles riram juntos. Hash dormia no tapete, alheio à tensão crescente entre seus humanos.

O episódio terminou, mas nenhum dos dois se levantou.

O silêncio era confortável, mas carregado. Seok-hoon olhou para Hyo-min,

observando o contorno suave do rosto dela iluminado pela luz da TV.

— Você já pensou... que talvez a gente esteja vivendo nosso próprio dorama?

Ela virou o rosto, surpresa com a pergunta.

— Com contrato e tudo?

— Com contrato, cachorro e... sentimentos que não estavam no roteiro.


Caso 8: O Estagiário Invisível

Tema: Direito trabalhista e vínculo empregatício disfarçado

Situação:

Um estagiário de Direito trabalha por dois anos em um escritório sem receber bolsa,

sem supervisão acadêmica e com carga horária superior à permitida.

Ao ser dispensado, entra com ação pedindo reconhecimento de vínculo empregatício.

Audiência

Juíza: “O senhor afirma que atuava como advogado, mesmo sendo estagiário?”

 Autor: “Eu fazia petições, atendia clientes, ia a audiências. Só lá eu via algum titular.

Nunca tive orientador.”

 Advogado do escritório: “Ele sabia que era estagiário. Nunca reclamou.”

 Juíza: “O estágio é complementar à formação.

O que o senhor descreve é vínculo de emprego disfarçado.”

Desfecho:

 A juíza reconhece o vínculo empregatício

e condena o escritório ao pagamento de salários retroativos,

FGTS e verbas rescisórias. O estagiário usa o valor para abrir seu próprio escritório,

com foco em direitos trabalhistas.


Capítulo 11: Explosão de sentimentos.

Era sexta-feira à noite. A cidade pulsava lá fora, mas dentro da casa, t

udo estava em silêncio.

Haviam voltado de uma audiência difícil, exaustos.

Hyo-min, mesmo cansada, preparou um jantar leve —

risoto de cogumelos e vinho tinto.

Enquanto isso Seok-hoon preparou a  mesa e surpreendeu acendendo velas discretas

e uma playlist suave tocando ao fundo.

— Você fez tudo isso por mim? — ela perguntou, surpresa.

— Eu fiz por nós — respondeu ele, com um sorriso calmo.

Ela se sentou, e por alguns minutos, comeram em silêncio.

Mas os olhares trocados diziam mais do que qualquer palavra.

Depois do jantar, Hyo-min foi até o quarto, tirou os sapatos e se jogou na cama.

Seok-hoon apareceu na porta, hesitante.

— Posso entrar?

Ela assentiu. Ele se aproximou devagar, sentando-se ao lado dela.

O clima era diferente. Mais denso. Mais íntimo.

— Eu sei que começamos isso pelo Hash... — ele começou.

— Mas agora é por nós — ela completou.

Seok-hoon tocou o rosto dela com delicadeza.

Os dedos deslizaram pela linha do maxilar, e ela fechou os olhos,

sentindo o calor do toque.

Ele se inclinou e a beijou — dessa vez, sem hesitação.

O beijo foi profundo, cheio de desejo contido e carinho acumulado.

Mas surpreendentemente ele deu um Boa noite, respeitando o cansaço dela. 

Sábado, chovendo muito em Seul, após estudar alguns processos que estava em

andamento, Hyo-min saiu e foi passar uma tarde com as amigas,

mas sempre com os pensamentos em Seok-hoon.

Retornou e seu marido e Hash, não estavam em casa.

Percebeu que estava tudo limpo e o jantar pronto.

Sem nada para fazer , ligou a televisão e foi acompanhar uma série no streaming.

Seok-hoon ao chegar viu a mulher mais linda que já tinha visto

e uma ternura acrescida de desejo preencheu todo o seu ser.

Chegou próximo a ela e sentou-se acomodando-se na manta, no sofá. 

Ele a olhou, fitou seus olhos e ficou assim por um tempo.

Ardentes de desejo, ele a beijou , e o beijo era uma confissão de amor,

uma troca de paixão que ela jamais havia experimentado.

Ela o beijou de volta com a mesma intensidade, e a sala,

que antes era apenas um lugar de convívio, se tornou um ninho de amor. 

A paixão entre eles era intensa  e explodiu consumindo-os.

Ela ergueu seu pescoço e o beijou com um fervor intenso. 

Ele a ergueu nos braços, e ela se deixou abandonar.

O caminho até o quarto foi uma dança, onde o mundo exterior desapareceu.

Lá, sob a penumbra suave da luz da lua que entrava pela janela,

ele desabotoou o vestido dela com mãos gentis, como se ela fosse uma obra de arte frágil. 

Cada toque era um sussurro, cada olhar, um juramento silencioso.

Enquanto ele a beijava, ela sussurrou em seu ouvido, a voz rouca de emoção:

"Eu sou sua, Seok-hoon. Sou sua...e te amo".

O coração dele saltou no peito com a revelação, agora em voz alta e dirigida a ele.

A paixão que já era intensa, se tornou ainda mais profunda,

um amor que não só consumia, mas que também protegia.

Ele a beijou com um cuidado e uma adoração que falam mais do que palavras,

e a noite, que estava prestes a se tornar uma aventura de paixão,

se tornou uma promessa de um amor puro e verdadeiro. 

As roupas foram retiradas lentamente, como se cada peça revelasse não apenas pele,

mas também vulnerabilidade.

Os corpos se encontraram com suavidade, explorando cada toque, cada suspiro.

Hyo-min sentiu o coração acelerar, mas não havia dúvidas do amor de seu marido —

apenas entrega.

Seok-hoon a envolveu com os braços, como se quisesse protegê-la do mundo.

Os dois se moveram em sintonia, como se tivessem esperado por aquele momento

desde sempre.

A paixão era intensa, mas havia ternura em cada gesto.

Palavras sussurradas, olhares profundos, e uma conexão que transcendia o físico.

A noite foi mágica, picante e romântica, uma dança de corpos e almas que se uniram.

Eles eram um só, um casal que, por um acaso do destino, se apaixonou.

Depois, deitados lado a lado, Hyo-min acariciava o peito de Seok-hoon com os dedos,

em movimentos suaves.

— Isso muda tudo, não é?

— Muda. Mas muda para melhor

Hash, como sempre, entrou no quarto e se deitou aos pés da cama.

O trio estava completo. Mas agora, havia algo mais: amor verdadeiro.

Caso 09: A Voz Que Não Foi Ouvida

Tema: Direitos autorais em obra colaborativa

Situação:

Uma cantora independente processa um produtor musical por lançar uma música composta em parceria sem dar os devidos créditos. A canção viralizou, mas o nome dela foi omitido em todas as plataformas.

Juiz: “A senhora tem provas de que participou da composição?”

Cantora: “Tenho áudios, rascunhos, e mensagens trocadas durante o processo criativo.”

Produtor: “Ela só deu ideias. A composição final é minha.”

Juiz: “Ideias que se tornam parte da obra são protegidas. O Direito autoral reconhece coautoria.”

Desfecho :

O juiz determina a inclusão do nome da cantora como coautora em todas as plataformas e o pagamento retroativo de royalties. A artista ganha visibilidade e é convidada para uma entrevista onde conta sua história — e lança um novo single com o título “Ouvida”.

Capítulo 12: Um Novo Começo

O domingo amanheceu com o céu limpo e o aroma de café fresco preenchendo a casa. 

Hyo-min acordou com o cheiro de café e ovos fritos.

O sol da manhã entrava pela janela, e a luz iluminava o corpo de Seok-hoon,

que estava ao lado da cama, com uma bandeja nas mãos.

Ele a olhou com um sorriso nos lábios, e a alegria em seus olhos

era algo que ela nunca tinha visto antes. 

O casal foi tomar café na varanda, com Hash deitado ao seu lado.

Ela observava o bairro acordar, mas sua mente estava em outro lugar —

nos olhos dele, no toque da noite anterior, no que aquilo significava..

— Dormiu bem? — ele  perguntou, com um sorriso tímido.

— Dormi... diferente — ela respondeu, olhando para ele com ternura.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, até que ele respirou fundo.

— Hyo-min, eu preciso dizer uma coisa. E não é sobre o contrato.

Ela virou o rosto, atenta.

— Eu me apaixonei por você. Não agora. Não ontem.

Acho que foi aos poucos, nos cafés que você preparava,

nas brilhantes atuações no tribunal, nos silêncios que compartilhávamos.

Eu só não sabia que era amor até você dormir no meu peito.

E continuou:

— Eu sempre achei que minha vida era perfeita, organizada e sem surpresas.

Mas eu estava errado. A vida era sem graça.

Eu vivi por 40 anos, mas só agora eu comecei a viver de verdade,

depois que você entrou na minha vida. 

—- Eu te amo, Hyo-min. Amo a sua energia, o seu sorriso, a sua paixão pela vida e,

principalmente, a sua bondade. 

Hyo-min sentiu os olhos marejarem. Ela não era de chorar.

Mas aquelas palavras a desmontaram.

— Eu também... — disse ela, com a voz embargada. —

Eu também me apaixonei, muito tempo antes.

E o mais louco é que eu nem percebi.

Só soube quando você me beijou

e eu senti que não queria mais continuar a ser só uma estagiária em sua vida.

Seok-hoon segurou a mão dela e a beijou com delicadeza.

— Então vamos fazer isso direito.

Vamos renovar nossos votos. Mas dessa vez, sem cláusulas.

Sem condições. Só amor.

Caso10: A Bolsa Perdida

Tema: Direito educacional e cláusulas abusivas

Situação:

 Uma estudante universitária perde sua bolsa integral após reprovar

em uma disciplina por motivos de saúde.

A instituição se recusa a reavaliar o caso, alegando cláusula contratual de

desempenho mínimo.

Juiz: “A cláusula exige aprovação contínua. A senhora reprovou.

Por que quer manter a bolsa?”

Estudante: “Fui diagnosticada com depressão. Tenho laudos médicos.

Pedi apoio, mas não tive.”

Advogado da universidade: “O contrato é claro. Não há exceções.”

Juiz: “Cláusulas que ignoram situações excepcionais podem ser consideradas abusivas.

O Código de Defesa do Consumidor protege o aluno.”

Desfecho :

 O juiz determina a reintegração da bolsa com base na vulnerabilidade da estudante

e na falta de suporte institucional.

A universidade é obrigada a criar um protocolo de apoio acadêmico

para casos semelhantes.


Capítulo 13 : O casamento sem contrato

Duas semanas depois, eles estavam em um pequeno jardim,

cercados por familiares, amigos próximos e alguns colegas do escritório.

Hyo-min usava um vestido radiante.

Seok-hoon estava nervoso, mas sorridente Hash, com uma gravata borboleta,

foi o “padrinho” oficial.

— Kang Hyo-min — disse Seok-hoon, segurando as mãos dela —

eu prometo te amar sem contratos, sem prazos, sem termos jurídicos.

Só com o coração.

— Yoon Seok-hoon — respondeu ela, emocionada —

eu prometo ser sua parceira, sua confidente, sua advogada pessoal

e sua eterna apaixonada. Todos riram. 

Eles se beijaram sob aplausos e latidos felizes de Hash.

Aos poucos, a vida deles se tornou uma melodia de alegria, com risadas,

amor e, claro, o fiel Hash.

Seok-hoon finalmente conseguiu a guarda do cão, mas agora,

ele não precisava mais do contrato, pois ele tinha Hyo-min, o amor de sua vida.

O amor deles era forte, e o tempo só o fortaleceu.

Eles tiveram filhos, um menino e uma menina, que se tornaram a alegria de suas vidas.

Eles tiveram mais cães. A paixão por Hash, que uniu o casal,

se tornou uma paixão por todos os cães que eles podiam adotar.

Dois anos se passaram desde o segundo casamento — aquele sem cláusulas,

sem contratos, apenas amor.

A casa  que antes era silenciosa agora vibrava com sons de risadas, choros de bebê

e latidos animados. 

Eles tiveram filhos, um menino e uma menina, que se tornaram a alegria de suas vidas.

A casa, que antes era um refúgio de solidão, se tornou um lar cheio de alegria,

com o som das crianças e os latidos dos cães. 

Hyo-min caminhava pelo corredor com dois bebês nos braços: Min-jun e Ha-eun,

gêmeos de personalidades opostas.

Min-jun era tranquilo e observador, enquanto Ha-eun já mostrava sinais

de ser tão determinada quanto a mãe.

Seok-hoon vinha logo atrás, tentando impedir Hash de roubar o brinquedo

de um novo integrante da família: um filhote de golden retriever chamado Dori,

que havia sido adotado para fazer companhia ao velho mascote.

— Você acha que dois bebês e dois cachorros são demais? — perguntou ele,

rindo enquanto equilibrava uma mamadeira e um brinquedo de pelúcia.

— Acho que estamos só começando — respondeu Hyo-min, com um brilho nos olhos.

A rotina era caótica, mas deliciosa.

Pela manhã, Seok-hoon preparava panquecas em formato de ursinho,

enquanto Hyo-min organizava os compromissos do dia.

À tarde, eles se revezavam entre audiências e fraldas, e à noite,

todos se reuniam na sala para assistir a doramas —

agora com os bebês dormindo nos colos e os pets deitados aos pés do sofá.

Hyo-min, mesmo com a maternidade, continuava sendo uma advogada brilhante.

Mas agora, seu maior caso era o amor que construía todos os dias com Seok-hoon.

 Caso 11: O Professor e o Código de Ética

Tema: Liberdade de expressão vs. dever funcional

Situação:

Um professor universitário é suspenso por publicar críticas à gestão da instituição

em suas redes sociais. Ele entra com ação alegando violação à liberdade de expressão

e abuso de poder.

Audiência

Juiz: “O senhor reconhece que fez críticas públicas à instituição?”

Professor: “Sim. Mas foram críticas fundamentadas, sem ofensas.

É meu direito como cidadão.”

Advogado da universidade:

“Ele expôs documentos internos e prejudicou a imagem da instituição.”

Juiz:

“A liberdade de expressão é garantida, mas deve ser equilibrada com o dever funcional.

Vamos analisar o conteúdo das publicações.”

Desfecho:

O juiz determina que a suspensão foi desproporcional

e anula a penalidade.

No entanto, recomenda que o professor e a universidade criem um canal interno

de diálogo para evitar conflitos futuros.

O professor volta às aulas e propõe uma disciplina sobre ética institucional.


Capítulo 14 : Uma família completa

Em um fim de semana ensolarado, eles decidiram fazer um piquenique no parque.

Levaram os bebês, os cachorros, e uma cesta cheia de comida caseira.

Enquanto Ha-eun tentava engatinhar atrás de Dori,

Min-jun dormia tranquilo no colo do pai.

— Você imaginava isso? — perguntou Hyo-min, deitada na grama ao lado de Seok-hoon.

— Nem nos meus melhores sonhos — ele respondeu, acariciando o cabelo dela.

Ela sorriu, e então disse:

— Nosso contrato virou uma história. E nossa história virou lar.

A vida de Seok-hoon, que antes era uma rotina sem graça, se tornou uma aventura.

Ele se tornou um marido e um pai, e seu coração, que antes era de gelo,

se tornou um fogo de amor.

E Hyo-min, a garota que entrou em sua vida para salvar um cachorro,

se tornou sua esposa, a mãe de seus filhos e o amor de sua vida.

O casamento, que no início era uma farsa,

se tornou a maior história de amor de todos os tempos.

Caso 12: A Guarda do Gato Beethoven

Tema: Guarda de animais em dissolução de união estável

Situação:

Após o fim de uma união estável de cinco anos, um casal entra em disputa

pela guarda de Beethoven, um gato persa que ambos consideram “filho”.

A mulher deseja levá-lo ao novo apartamento, mas o homem argumenta

que o gato está emocionalmente ligado à casa atual.

Audência

Juíza: “Estamos diante de um animal de estimação, não de um bem material.

O que está em jogo é o bem-estar do gato.”

Mulher: “Eu o alimento, cuido da saúde dele, e ele dorme comigo desde filhote.”

Homem: “Mas ele se esconde quando ela não está. Ele está deprimido. Eu tenho vídeos.”

Juíza: “Vamos ouvir um especialista em comportamento animal.”

Desfecho: 

Com base em laudo veterinário e análise comportamental,

a juíza determina guarda compartilhada com alternância quinzenal e visitas livres.

O casal, inicialmente tenso, começa a se reaproximar por causa do gato —

e termina a audiência tomando café juntos no corredor.


Capítulo 15 : Sem julgamentos

Era uma manhã tranquila de primavera. O sol entrava pelas janelas da casa,

iluminando brinquedos espalhados, tigelas de ração

e dois pares de sapatinhos minúsculos largados no tapete.

Hyo-min estava na cozinha, preparando panquecas em formato de coração.

Seok-hoon, ainda com os cabelos bagunçados,

tentava convencer Min-jun a vestir a camiseta certa — sem sucesso.

Ha-eun já corria atrás de Dori,

enquanto Hash observava tudo com a paciência de um avô experiente.

— Isso aqui virou um zoológico — disse Seok-hoon, rindo.

— Um zoológico cheio de amor — respondeu Hyo-min,

entregando uma panqueca para cada criança.

Eles se sentaram à mesa, e por um momento, tudo ficou em silêncio.

Apenas o som das risadas infantis e o farfalhar das folhas lá fora.

Seok-hoon olhou para Hyo-min e segurou sua mão.

— Você lembra do dia em que assinamos aquele contrato?

— Lembro.

--- Eu achei que estava fazendo isso por Hash.

Mas estava fazendo por mim. Por nós.

— E agora temos tudo — disse ele, olhando para os filhos e os pets. —

Uma família. Uma história.

Hyo-min sorriu, com os olhos marejados.

— O amor não precisa de lógica. Só precisa de coragem.

Eles se beijaram, e naquele instante, tudo fez sentido.


“O amor não precisa de lógica. Só precisa de coragem.”

E foram felizes para sempre.

Fim.


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Imagem : Gemini Generated

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