GOSTARIA DE TER LIDO MAIS SOBRE IA

Neste ano em que a tecnologia foi o tema central, nós, um grupo de enfermeiras, queremos homenagear a Enfermagem Brasileira. Nosso objetivo é refletir sobre como a inteligência natural de expoentes da enfermagem seria extraordinária se a inteligência artificial (IA) já estivesse entre nós.

Gostaríamos de ter lido mais sobre IA, mas, como enfermeiras, nossa profissão se baseia principalmente em habilidades de relações interpessoais, empatia e observação de emoções como respostas. Ficamos, muitas vezes, limitadas a interações e aprendizado técnico para usar a tecnologia.

É claro que um robô para substituir um profissional com tantas habilidades técnicas como um enfermeiro, seja ele auxiliar técnico ou enfermeiro, ainda vai demorar a surgir. No entanto, a forma de cuidar será influenciada pelo avanço da tecnologia, que impactará a maneira de tratar.

A colocação de um cateter gástrico é uma atribuição do enfermeiro, mas será que apenas através de um cateter será resolvido determinado problema de saúde como é hoje? Uma vacina intramuscular ou intradérmica no futuro poderá ser aplicada através de um spray acionado por IA, diminuindo a demanda por profissionais de enfermagem que deverão ser deslocados para outras funções. Será?

Quem não se render à tecnologia corre o risco de ficar obsoleto, mesmo possuindo altas habilidades técnicas. Não é para se tornar um robô humano, mas para estar atualizado com o que a profissão exige.

A nefrologia é um dos setores em que a máquina está presente. O profissional de enfermagem tem a possibilidade de ouvir e perceber do cliente o que está além das necessidades de tratamento renal, pois a tecnologia está cada vez mais segura. Porém, a legislação imposta pela ganância faz com que aumente a quantidade de pacientes por profissional, e o período que poderíamos estar interagindo com o cliente é reduzido, pois temos que atender mais pacientes no mesmo período.

O avanço nos estudos diagnósticos e de tratamentos pode levar ao controle de doenças que hoje são consideradas mortais, reduzindo a demanda de profissionais de enfermagem em determinadas áreas.

A tecnologia, por sua vez, nos expõe a fatores que provocam doenças cujo tratamento sofisticado exige mais um técnico com perícia tecnológica do que um enfermeiro. A relação pessoa/máquina pode demandar uma habilidade emocional que nós, enfermeiros, desenvolvemos, mas que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa.

A enfermagem precisa estar atenta às demandas sociais. Imaginemos que, se a IA estivesse sendo desenvolvida e disponibilizada  há mais tempo, as autoras da enfermagem brasileira, ou até mesmo as teóricas que desenvolveram estudos no período, tivessem acesso a tudo que existia sobre o assunto ao seu tempo. Teríamos maiores ganhos teóricos com a profissão.

Hoje, autoras pensadoras como Nébia, Marias (Antonieta, Lourdes…), Wilma, Sílvia, Marlenes, Iraci, Márcia, Cecília, Dóris, Conceição, Valquíria, Sônia, Frances, Soraias, Lilians, Judites, … vão poder nos deixar ainda mais em seu legado. Se achávamos que a IA era futuro, ela é contemporânea, sempre esteve entre nós.

Essas pensadoras (deixe-me usar o termo no feminino, pois somos maioria, mas os homens estão inclusos, assim como as mulheres estão inclusas nos termos masculinos) são inteligências naturais. Se inteligência é relativa à capacidade de sobrevivência, o que essas pessoas fazem pela enfermagem é mantê-la viva, de pé, ativa, atualizada, enfrentando os desafios que a era atual exige.


"Imaginemos que as autoras da enfermagem brasileira, como Nébia (e todas as outras), tivessem acesso às ferramentas da inteligência artificial desde o início... Certamente, suas teorias e práticas teriam sido ainda mais enriquecidas, impulsionando a evolução da nossa profissão de forma exponencial. Hoje, podemos honrar seu legado ao utilizar a IA como uma ferramenta para aprimorar a assistência e promover a saúde. Seus ensinamentos sobre humanização, cuidado integral e ética profissional continuam a guiar nossa prática, mesmo em um mundo cada vez mais tecnológico."

Com carinho, da equipe Tuna Catunna

Comentários

  1. Acho importante o uso ético da IA.

    Este artigo traz dicas para o uso das ferramentas:
    https://dotter.com.br/dicas-inteligencia-artificial

    Também me parece importante o acesso a ferramentas como o Bula Fácil, principalmente sobre interações medicamentosas:

    https://dotter.com.br/bula-facil

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